domingo, 14 de abril de 2013

O Uso da Bomba Atômica no Fim da Segunda Guerra Mundial

 Enganam-se os que pensam que as bombas atômicas criadas nos EUA durante o período de ápice da II Guerra Mundial tinham como finalidade realizar o tão famoso ataque as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, talvez este ataque nuclear e também a imagem de Adolf Hitler sejam as primeiras imagens que se vem à cabeça de alguém ao se falar em II Guerra Mundial. E por falar em Hitler nos lembramos de Alemanha Nazista também no período da IIGM. Com uma sede incrível de sair vitoriosa nessa guerra a Alemanha começa a desenvolver pesquisas e descobre que existe a possibilidade de romper o núcleo e liberar a energia contida nele, assim os alemães começam a criar sua bomba atômica. Esse foi o motivo da criação das bombas atômicas pelos EUA. Devido ao receio de que os alemães obtivessem êxito, Albert Einstein então entrega um documento a Roosevelt (então Presidentes dos EUA) alertando-o sobre as pesquisas alemãs em torno da bomba atômica. Em resposta Roosevelt autoriza e cria um comitê para o desenvolvimento da bomba. Vários estiveram envolvidos nos trabalhos que tinha como chefe Julius Robert Oppenheimerer e assim se deu início ao Projeto Manhattan. 


Albert Einstein e Oppenheimer
A guerra chegava ao fim em 1945, e os EUA tinham uma grande arma nuclear em suas mãos. A Alemanha não havia alcançado o êxito com a sua bomba e já havia se rendido, os demais países fracassados já havia assinado os tratados, apenas o Japão insistia em tentar invadir os EUA e prosseguir com a guerra. Tendo em vista uma série de preocupações, como o prolongamento da guerra por mais alguns meses, mais mortes de militares do exercito dos EUA, e o ataque que o Japão faz a base norte-americana de Pearl Harbor no Havaí, o então Presidente Americano Harry Truman e uma cúpula de governo decidiram atacar o Japão com a bomba nuclear. 

Ataque dos japoneses a base norte-americana
Em 16 de julho acontece o primeiro teste com uma bomba nuclear no campo de Alamogordo, no Novo México, e os americanos obtiveram êxito com o seu invento e a explosão da mesma foi tão grande que se sentiu a centenas de quilômetros de distância do local. Assim, em uma manhã de 06 de agosto de 1945, é lançada a primeira bomba atômica de destruição em massa contra o Japão, mais precisamente na cidade de Hiroshima. Três dias depois veio mais um ataque, desta vez à cidade de Nagasaki. O saldo do ataque nuclear foi imenso, aliás é impossível contar ou descrever o saldo de uma bomba radioativa, porque os efeitos são passados de geração a geração. Oficialmente foram mais de 200.000 vitimam fatais (70.000 morreram no momento da explosão e outras 130.000 morreram nos cinco anos seguintes por complicações causadas pela explosão e pelo contato com a radiação), e a total destruição das duas cidades bombardeadas. 
Little Boy - Lançada em Hiroshima

Fat Man - Lançada em Nagazaki
Foto tirada 30 minutos após a explosão,

Hiroshima Antes e Depois do ataque.

Destruição da cidade.

Estrutura que não caiu com o abalo da bomba. Hoje é uma Catedral.
 Talvez uma das mais reais traduções dos ataques com bombas radioativas a Hiroshima e Nagasaki seja a canção Rosa de Hiroshima.

“Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas                    
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada”

A música faz uma perfeita tradução de todas as conseqüências da bomba atômica. Tantas crianças que ainda tinham todo um futuro e uma vida cheia de descobertas e experiências ficaram marcadas com traumas irreparáveis, sem poder comunicar-se e expressar sentimentos e anseios aos demais. Pensar nas “meninas cegas e inexatas”, deformadas e sem possibilidade de se integrar na sociedade, por, possivelmente, após deformações, serem vistas como pessoas anormais. Pensar nas mulheres com suas “rotas alteradas”, as rotas alteradas significam os problemas de fecundação, já que as mulheres atingidas direta ou indiretamente pela bomba atômica ficaram inférteis ou geravam crianças com problemas mentais e físicos. Pensar nas feridas, feridas essas não apenas físicas, causadas pela explosão da bomba atômica, mas também feridas psicológicas. Pensar nessas mesmas feridas como “rosas cálidas”! “Nada mais irônico do que isso”. A rosa simboliza o belo, o romântico, o perfeito, porém a imagem da explosão vista de frente também é similar à de uma rosa. Só que essa rosa, diferente das outras, é cálida, ou seja, é quente, queima e fere, além de ser estúpida ela também não atrai porque não tem perfume nem beleza. Essa rosa é a rosa inválida. 







A partir de então os EUA mostrou todo o poder que tinha em mãos, já que para eles a bomba significava uma supremacia total em guerras, pois só eles haviam conseguido produzir uma arma de tão grande efeito. Com isso o mundo inteiro ficou intimidado e com medo de uma possível nova guerra, em que o uso de armamentos pesados como a bomba atômica pudessem ser utilizados.

Um comentário:

  1. Excelente! Gostei muito. As imagens foram bem utilizadas, a reflexão sobre a música também ficou boa, além do próprio texto. Estão de parabéns!

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